segunda-feira, 8 de junho de 2020

Mapeamento dos casos de Covid-19 nos bairros de Aracaju/SE.

Olá, tudo bem?

O GEOSUS - Blog apresenta nesta quarentena alguns artigos relacionados à pandemia, como forma de contribuir para o debate com profissionais da Educação ou de outras áreas técnicas de pesquisa, bem como o público em geral. Aqui nada mais é do que um esforço de divulgar ciência, tendo em vista que a sociedade brasileira vem questionando por meio do Governo Federal o papel e importância da mesma.

A proposta deste artigo é debater o avanço de casos de Covid-19 nos bairros de Aracaju com objetivo de gerar questionamentos e apresentar possíveis soluções para esse problema sanitário gravíssimo. Apresento dados sobre o número de casos e óbitos na capital sergipana com base em informações disponíveis gratuitamente na internet, nos sites da Prefeitura Municipal de Aracaju Transparência | Covid-19 | Prefeitura Municipal de Aracaju e da Fundação Oswaldo Cruz Observatório da Covid-19 .

Começo apresentando dados sobre casos de Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz divulgados no dia 05/06, tendo como referência o município de Aracaju.


Ao observar o gráfico percebe-se que há uma tendência de crescimento da curva de casos de Covid-19 em Sergipe, e em especial no município de Aracaju. É muito importante ter a concepção que, neste exato momento, os bairros da cidade ainda apresentam aumento no número de casos. Esta evidência expõe que ainda estamos progredindo em direção ao pico de contaminação da doença. 

Uma das medidas protetivas que visam diminuir o aumento da contaminação, segundo os especialistas em saúde, é o isolamento social; e é aqui que o sinal de alerta é ligado. O Estado de Sergipe e, consequentemente Aracaju, apresentam os piores índices de isolamento social do país (39,6% e 40% respectivamente).

Quando analisa-se os dados sobre óbitos, é que este cenário expressa-se muito mais preocupante. Acompanhe o gráfico abaixo:


A tendência de crescimento nos casos de óbitos em Sergipe e em Aracaju é alta, e por conta disso, as medida protetivas (entre elas o isolamento social) é fundamental para  que ocorra o famoso "achatamento da curva" dito diariamente nos meios de comunicação. 

Muitas foram as experiências exitosas por conta do isolamento social, em que destaco aqui a Nova Zelândia, que apostou forte nessa medida e que hoje (08/06) noticiou que não existe mais casos do novo coronavírus em sua população.

Outra forma de compreender o alcance espacial da contaminação da Covid-19 em Aracaju é retratada neste mapa:


Ao analisar os dados de casos de Covid-19 para o dia 07/06 disponibilizados pela Prefeitura Municipal de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, percebe-se que alguns bairros da cidade apresentam maior incidência de casos. 

Destacam-se entre eles, Treze de Julho, Luzia, Jabotiana e Farolândia. Esses bairros apresentam uma concentração populacional, e grande parte das pessoas residem em áreas verticais da cidade (prédios residenciais), com alta densidade demográfica. 

A explicação para esse fenômeno associa-se à densidade demográfica, mas também no fato de que esses bairros concentram do ponto de vista econômico, uma população com maiores condições financeiras, e que é justamente parte da população desses bairros que pode ser considerada o epicentro da contaminação na cidade. Afinal, parte dessa população viajou para outros lugares do Brasil e do mundo nas datas comemorativas de Réveillon e Carnaval, onde já se sabe que a contaminação estava presente nas principais cidades brasileiras, e podem ter deslocado o coronavírus de centros urbanos maiores para Aracaju.

Muitos ainda são os questionamentos em relação à essa pandemia e pouco ainda se sabe como vencê-la. Por isso o mais indicado para a população, principalmente dos bairros mais afetados, é que se puderem, evitem sair de casa e pratiquem o isolamento social. Até que a curva de contaminação esteja controlada, todos nós temos o dever cívico de zelar por nossas vidas e de quem está ao nosso lado.

E você, o que achou desse post? Escreve aí nos comentários suas sugestões ou dúvidas. 

Um grande abraço, e até a próxima!!

MSc. Rodrigo da Silva Menezes
Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente
Especialista em Didática e Metodologia do Ensino Superior
MBA em Gestão Ambiental e da Qualidade (ISO 14.001 e 9.001)
Consultor Técnico em Geotecnologias
Geografia - Licenciatura

segunda-feira, 1 de junho de 2020

Geotecnologias na criação de material didático e uso de aplicativo relacionado ao estudo das formas de relevo no ensino de geografia.

Olá, tudo bem?

Seguindo o compromisso de divulgar artigos científicos relacionados à Educação e Geografia em tempos da pandemia Covid-19, nesta semana disponibilizo um trabalho desenvolvido em conjunto com o Professor Dr. Carlos Alberto de Vasconcelos - Professor do Departamento de Educação da Universidade Federal de Sergipe e Fundador do Grupo de Pesquisa em Formação de Professores e Tecnologias da Informação e Comunicação - FOPTIC/UFS.

Deixo aqui o resumo do artigo científico:

O presente texto apresenta proposta de elaboração e uso de materiais didáticos a partir das tecnologias capazes de ajudar professores e estudantes no tocante ao ensino de Geografia, especificamente de geomorfologia e topografia. Tem como aporte teórico principalmente a Base Nacional Comum Curricular – BNCC para o ensino fundamental. Utiliza-se o aplicativo “Landscap Augmented Reality” e o “Mapa de Relevo Tridimensional” que podem ser utilizados no cotidiano da sala de aula, com objetivo de facilitar o aprendizado sobre formas de relevo, curvas de nível, cotas altimétricas, declividade de relevo e identificação de áreas de risco de deslizamento de terras e enchentes. Na contemporaneidade, com o advento de várias plataformas conectadas à internet, é possível que o professor selecione tecnologias e aplicativos que ajudem a estabelecer e cumprir objetivos de aprendizagem. 

Palavras-chave: Geotecnologias; Formas de relevo; Ensino de Geografia.


Se cuidem, lavem as mãos e o mais importante, fique em casa!

Até a próxima!!!

MSc. Rodrigo da Silva Menezes
Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente
Especialista em Didática e Metodologia do Ensino Superior
MBA em Gestão Ambiental e da Qualidade (ISO 14.001 e 9.001)
Consultor Técnico em Geotecnologias
Geografia - Licenciatura

sexta-feira, 22 de maio de 2020

Educação em tempos da pandemia COVID-19.

Olá, tudo bem?

Antes de mais nada, gostaria de solidarizar-me com as famílias de todas as vítimas da Covid-19, no Brasil e no planeta. Um vírus acometeu a sociedade global no final do ano de 2019, e se espalha pelo mundo alcançando todos os continentes, não considerando credo, raça ou classe social.

Há um tempo, quando eu pesquisava com mais profundidade o tema da sustentabilidade, identifiquei que alguns pensadores já alertavam sobre uma necessária mudança de paradigma no modo de produzir e agir humano.

Hoje, pesquisando temas relacionados à Educação, como "Formação de Professores", "Tecnologias da Informação e Comunicação" e "Educação Socioemocional", chego à conclusão de que esta mudança de paradigma perpassa também o processo educacional adotado pelas variadas culturas humanas ao redor da Terra.

A urgência desta pandemia acarretou em escolas, professores e estudantes uma necessidade, nunca antes vista, do uso de tecnologias e processos virtuais de aprendizagem. Aqui faço um questionamento: estariam todas as escolas, professores e estudantes habilitados a usar essas tecnologias e praticar o que podemos chamar de Educação Virtual? A resposta, ao menos num cenário repleto de desigualdades sociais e econômicas, como o caso brasileiro, é evidente que não.

Em minha opinião, está cristalino que vivemos o maior desafio educacional do século XXI. E o que muitos profissionais da educação buscam neste momento é saber como enfrentar esse período, e identificar quais instrumentos pedagógicos serão utilizados nos ambientes virtuais de aprendizagem.

A história é fundamental porque nos apresenta muitos casos de outras pandemias e desastres naturais no planeta, e nessas condições extremas, também em algum lugar deve ter sido feito o mesmo questionamento que se tem hoje. Como foi o caso do furacão Katrina em 2005 que atingiu os EUA, onde escolas, professores e estudantes utilizaram a Educação a distância, pelo uso de DVD´S para transmissão de conhecimento.

Aprender com o passado é importante, e mais ainda, saber que atualmente ,com o advento da internet, esse processo pode ser efetivado de forma organizada e ampla. Contanto que o o planejamento seja uma ferramenta que auxilie o trabalho pedagógico, a professores e estudantes.

Tendo em vista o momento e a possibilidade única de contribuir e discutir com profissionais da educação, pais, estudantes, gestores e quem mais estiver interessado, lanço aqui uma série de publicações que tem por objetivo apresentar práticas pedagógicas no ensino de Geografia que possam servir de suporte para o desenvolvimento de uma aprendizagem leve, significativa e contínua.

A cada semana, postarei no GEOSUS Blog, artigos científicos que desenvolvi em parceria com pesquisadores da área da educação, com o intuito de divulgar ciência e apontar possíveis caminhos que possam ser trilhados, a partir de atividades testadas e que podem ser implementadas com recursos tecnológicos que sejam acessíveis e gratuitos.

Hoje, disponibilizo o artigo científico intitulado "O uso de aplicativos educacionais Kahoot! e Plickers no contexto da educação básica". Esse foi um artigo publicado em evento científico na área de Educação em parceria com Rosana Maria Santos Torres Marcondes.

Espero que gostem da leitura e sintam-se convidados a compartilhar as suas experiências e angústias em relação ao uso de Tecnologias na Educação e sobre o Ensino em tempos de pandemia.


Se cuidem, lavem as mãos e o mais importante, fique em casa!

Até a próxima!!!

MSc. Rodrigo da Silva Menezes
Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente
Especialista em Didática e Metodologia do Ensino Superior
MBA em Gestão Ambiental e da Qualidade (ISO 14.001 e 9.001)
Consultor Técnico em Geotecnologias
Geografia - Licenciatura