O personagem Lampião com certeza
é uma das figuras mais controversas da história do nordeste brasileiro (não por
sua personalidade, mas pela sua herança cultural e política), amado e odiado na
mesma medida pelos diversos setores da sociedade brasileira. O que se sabe de
fato é que Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, e seu "bando" foi
brutalmente assassinado pela polícia volante baiana no sertão sergipano, na
localidade 'Grota do Angico', hoje município de Porto da Folha.
O seu assassinato em solo
sergipano evidencia o fato de que Lampião e seus cangaceiros passaram uma longa
estada em território sergipano, usufruindo um poder que, nos dias de hoje,
abrangeria municípios dos territórios:
* Alto Sertão Sergipano
* Médio Sertão Sergipano
* Centro-Sul Sergipano
* Agreste Central Sergipano
Mapa dos Territórios Sergipanos (2011)
Autores especializados na história
de Lampião, a exemplo de Alcino Costa, afirmam que Virgulino Ferreira era
considerado o governador dos sertões sergipanos e amigo íntimo do então
governador do Estado Eronides Carvalho. Mostra-se então a face política do Rei
do Cangaço, em que seu poder se estendia desde o Sertão do São Francisco (ao
norte de Sergipe) até o Sertão do Rio Real (ao sul de Sergipe), passando pelo
Vale do Cotinguiba até o Agreste Sergipano (parte central de Sergipe), chegando
inclusive a áreas litorâneas, nas quebradas do mar.
Os últimos nove anos de vida de
Lampião (1929 a 1938) foram vividos em Sergipe, em que fora apossado
praticamente todo o sertão sergipano. Neste mapeamento da Rota Lampirônica no
Estado de Sergipe, apresenta-se a expansão territorial do domínio cangaceiro,
fazendo referência à estrutura político-administrativa de Sergipe atualmente.
Cabe lembrar que muitos dos municípios conhecidos hoje, à época eram simples
povoados em formação.
As cidades e povoados sergipanos
invadidos pelos cangaceiros podem ser listados por dois atributos (ver mapa):
Mapa da Rota Lampirônica em Sergipe
1 - Cidades visitadas por
bandoleiros;
2 - Cidades visitadas em busca de
Médicos.
Fica claro que as cidades de
Itabaiana e Propriá, que nos anos de 1920 e 1930 já se destacavam pelo
desenvolvimento econômico e social, além da grande oferta de serviços, foram
visitadas pelos cangaceiros na busca por médicos para curar e cuidar de
cangaceiros feridos durante as batalhas sangrentas nos rincões do sertão
sergipano.
Outras cidades que foram
invadidas e sitiadas pelos cangaceiros apresentam a real expansão territorial
do poder de Lampião, não obstante fora considerado por muitos, inclusive
historiadores, como o governador do sertão de Sergipe, durante 9 (nove) anos,
no período de 1929 - 1938.
Com este material a GEOSUS
contribui para o desenvolvimento de pesquisas que tragam à tona a história e
identidade do povo sergipano. Lampião, por certo, é uma das maiores
personalidades do Nordeste Brasileiro, amado e odiado por muitos, mas
indiscutivelmente, este teve um papel central na política e na caracterização
do que atualmente chamamos de "Alma Nordestina".
Até a Próxima!!!
MSc. Rodrigo da Silva Menezes
Diretor Técnico e Científico - GEOSUS (Geotecnologia e Sustentabilidade)
Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente
Especialista em Didática e Metodologia do Ensino Superior
MBA em Gestão Ambiental e da Qualidade (ISO 14.001 e 9.001)
Consultor Técnico em Geotecnologias
Geografia - Licenciatura
Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente
Especialista em Didática e Metodologia do Ensino Superior
MBA em Gestão Ambiental e da Qualidade (ISO 14.001 e 9.001)
Consultor Técnico em Geotecnologias
Geografia - Licenciatura
A morte de Lampião e de seu bando ocorreu na Grota do Angico que na época FAZIA parte do município de Porto da Folha e HOJE pertence a Poço Redondo.
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