O Sensoriamento Remoto (SR) como afirmado no post anterior, tem o objetivo de estudar eventos, fenômenos e processos que ocorram na superfície do planeta Terra, a partir do registro e da análise das interações entre a radiação eletromagnética e as substâncias que o compõe em suas mais diversas manifestações.
Dentro dessa concepção, afirma-se que o Sensoriamento Remoto possui dos tipos de atuação:
1- Aquisição de Dados
2- Produção de Informações
Para a aquisição de dados o SR utiliza como principais ferramentas Fontes de Radiação, Sensores e Centro de Tratamento de Dados.
Já na produção de informações utiliza-se predominantemente o Processamento Digital de Imagens e o Geoprocessamento.
O SR engloba conhecimentos que abrangem a física do estado sólido, desenvolvendo semicondutores que possibilitou a substituição de Sistemas Fotográficos pelos atuais Sensores de Alta Resolução, identificando, a partir de satélites com orbitas em 400 km de altura, objetos menores que 50cm na superfície terrestre.
É importante salientar que, os avanços nas ciências (incluindo a física e química) foram incorporados às áreas de Eng. Espacial, Eng. de Telecomunicações e Eng. da Computação, fato este que contribui para o desenvolvimento de satélites de alta resolução e sensores, além dos sistemas de transmissão de dados.
Os Sensores são sistemas responsáveis por captar a energia dos objetos na superfície terrestre em um registro de imagem ou gráfico. Podem ser considerados como Sensores Passivos e Ativos.
- Sensores Passivos: Detectam radiação solar refletida ou emitida por objetos da superfície (dependem de uma fonte de radiação externa para que possam gerar informações sobre os alvos de interesse).
- Sensores Ativos: Detectam radiação refletida pelo Sol ou emitida pela Terra, possuem espelhos e lentes e são classificados como sensores ópticos.
O Sistema de Sensores pode ainda classificar-se em Imageadores e Não Imageadores. Os Imageadores produzem imagens bidimensionais e os Não Imageadores permitem medir a intensidade da energia proveniente de um objeto de estudo sem necessariamente produzir uma imagem. Como exemplo podemos indicar as Sondas Atmosféricas ou os famosos Sensores Radar.
Contudo, percebe-se que o SR é um sistema que engloba diversas áreas do conhecimento, criando a necessidade de trabalhos organizados com enfoque em equipes multidisciplinares. Em muitos casos, essas equipes contam com profissionais das mais diversas disciplinas do conhecimento, dependendo do enfoque do trabalho (Ex.: Licenciamento Ambiental, Geomarketing, Planejamento Urbano, etc.)
O atual desafio do meio técnico-científico que trabalha com SR é transformar as Informações Primárias (Dados Brutos) em Informações Qualificadas (Passível de ser incorporada pelos usuários), visto que cada vez mais é crescente a demanda por dados relacionados ao SR e Geoprocessamento. Como exemplo podemos evidenciar a quantidade de sites na internet de Instituições Públicas e Privadas que disponibilizam Geoinfirmações e Imagens de Satélites para seus usuários.
O GEOSUS - Blog continuará com mais postagens acerca do que é o Sensoriamento Remoto e suas aplicações.
Até a Próxima!
MSc. Rodrigo da Silva Menezes
Diretor Técnico e Científico - GEOSUS (Geotecnologia e Sustentabilidade)
Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente
Especialista em Didática e Metodologia do Ensino Superior
MBA em Gestão Ambiental e da Qualidade (ISO 14.001 e 9.001)
Consultor Técnico em Geotecnologias
Geografia - Licenciatura
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