Nos séculos XX e XXI, a
cartografia passa a atribuir conhecimentos de diversas áreas do conhecimento,
em que novas tendências surgiram na maneira de lidar com os dados
cartográficos. Os mapas tornam-se ferramentas indispensáveis para diversos
objetivos, a exemplo dos usos militar, político, ideológicos e para propósitos
de propaganda (geomarketing).
Neste período, o surgimento de
estudos voltados para o entendimento dos diversos aspectos do planeta, resulta
em pesquisas com abordagens integrada, multidisciplinar e, até mesmo,
interdisciplinar. Tendo em vista que essas pesquisas abordam sobretudo os
diversos fenômenos naturais e antrópicos (do homem) na Terra, salientando que,
esses fenômenos ocorrem devido a interações entre os diversos sistemas
geográficos do planeta, a exemplo dos sistemas climáticos, geológicos, sociais,
biológicos, entre outros.
O desenvolvimento da cartografia está
aliado à capacidade de processamento de informações que os aparelhos
computacionais apresentam, principalmente nas décadas de 60 e 70. Como
resultado, cartógrafos passam a mapear remotamente diversos locais do planeta
por meio de fotografias aéreas, imagens de satélite, uso de radares, entre
outros; mapeando desde abismos nos oceanos até mundos extraterrenos.
Mapa das Terras Lunares
Na década de 70, os geólogos
Marie Tharp e Bruce Heezen, não apenas mapearam extensivamente o fundo
oceânico, como provaram de uma vez por todas a Teoria da Deriva Continental,
teoria esta proposta inicialmente por Alfred Wegener.
Fundo do Oceano Pacífico
A ERA DIGITAL
No século XXI, os mapas feitos em
papel dão espaço ao surgimento do pixel (em inglês pix = figura / el = elemento)
e dos mapas digitais. O desenvolvimento de Sistemas de Informação Geográfica
(SIG´S) baseados em sistemas computacionais, a partir da década de 60, tem possibilitado
cientistas e cartógrafos mapearem todo o mundo em detalhes impensáveis nas
outras Eras de Mapeamento abordadas nesta série 'História da Cartografia'.
Este fato contribuiu para que
atualmente provedores de serviços em internet, a exemplo da empresa Google,
utilizem o termo 'Aplicações Geoespaciais' para a disponibilização de
informações mapeadas. Graças a uma gigante geração de dados geográficos em diferentes
escalas (global, regional, local e topográfico), qualquer computador ou
telefone móvel é capaz de apresentar localidades na Terra em segundos,
possibilitando mapas em diferentes níveis de resolução e precisão.
O FUTURO DOS MAPAS
Enquanto aplicações digitais
apresentam uma 'Nova Era do Mapeamento', muitas questões que confrontaram povos
babilônicos há mais de 2.500 anos atrás, ainda motivam cartógrafos da
atualidade. Perguntas como: O que se deve mapear? Quem deve usar um mapa? Independente
disso, o fato é que mapas são necessários para diversos usos, afinal, os mapas
respondem às questões mais complexas da humanidade: Onde estou? e Quem sou eu?
Dessa forma encerramos a série
'História da Cartografia'. Apresentamos a evolução da cartografia e sua relação
estreita com o desenvolvimento humano (os mapas são essenciais para estudos e
pesquisas em diversas áreas do conhecimento). A cada dia somos informados com
notícias sobre Poluição, Mudanças Climáticas, Violência urbana e tantos outros
problemas ao redor do mundo, que certamente o uso de mapas visando reduzir e
solucionar os impactos humanos em nosso planeta é indispensável!
Até a Próxima!!!
MSc. Rodrigo da Silva Menezes
Diretor Técnico e Científico - GEOSUS (Geotecnologia e Sustentabilidade)
Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente
Especialista em Didática e Metodologia do Ensino Superior
MBA em Gestão Ambiental e da Qualidade (ISO 14.001 e 9.001)
Consultor Técnico em Geotecnologias
Geografia - Licenciatura
Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente
Especialista em Didática e Metodologia do Ensino Superior
MBA em Gestão Ambiental e da Qualidade (ISO 14.001 e 9.001)
Consultor Técnico em Geotecnologias
Geografia - Licenciatura
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