sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Apostila GEOSUS - Introdução ao Geoprocessamento - ArcGIS Explorer

Olá, Tudo bem?!

Chegando final de ano, com algumas metas cumpridas e outros projetos esperando apenas o momento de start... Muitos profissionais nas mais diversas áreas do conhecimento podem não ter atingido suas metas traçadas no planejamento para o ano de 2015, outros podem estar comemorando o sucesso dos seus projetos!

O que fica claro para todos é que 2015 foi um ano de muito esforço, trabalho e, principalmente, um ano de crise... O país e o Mundo mergulhados em diversos problemas sociais, políticos, culturais, econômicos e ambientais. Neste momento de transição entre momentos de poucas oportunidades e alta competitividade, coube a nós empreendermos novas formas de relação e de trabalho!

A GEOSUS termina o ano de 2015 comemorando mais um ano de atuação no mercado de Geotecnologias e Meio Ambiente. A oferta de Cursos de Geoprocessamento, a criação do GEOSUS - Blog e participação em diversos projetos ambientais, foram ações desenvolvidas e com diversos resultados satisfatórios!!!

Nesta última postagem de 2015, a GEOSUS comemorando os bons resultados disponibiliza o material: "Curso de Iniciação em Geoprocessamento - com práticas na Plataforma ArcGIS Explorer". Com a disponibilização deste material, nós estamos contribuindo para o desenvolvimento de instituições e pessoal, além de oportunizar um espaço de diálogo entre os mais diferentes profissionais que utilizam o geoprocessamento nas suas rotinas de trabalho.

Felicitações!!! Que 2016 venha com muito trabalho e lembrem-se, a palavra CRISE dá oportunidade de criarmos um outro significado, que se chama CRIE!!!

A apostila pode ser baixada no link:
Apostila - ArcGIS Explorer

Até a Próxima!!!!


MSc. Rodrigo da Silva Menezes
Diretor Técnico e Científico - GEOSUS (Geotecnologia e Sustentabilidade)
Professor Substituto - Faculdade de Interdisciplinaridade e Humanidades (FIH / UFVJM)
Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente
Especialista em Didática e Metodologia do Ensino Superior
MBA em Gestão Ambiental e da Qualidade (ISO 14.001 e 9.001)
Consultor Técnico em Geotecnologias
Geografia - Licenciatura

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Apostila Quantum GIS 2.8.2 GEOSUS

Olá, Tudo bem?

Esta apostila intitulada “Iniciação em Geoprocessamento – Com práticas na Plataforma Quantum GIS”, faz parte do curso de Introdução ao Geoprocessamento ofertado pela GEOSUS, direcionado a profissionais que utilizam a plataforma de Sistemas de Informações Geográficas para o desenvolvimento de suas pesquisas e projetos.

A plataforma Quantum GIS, é um Sistema de Informação Geográfica em Código Aberto, indicando que seu uso é permitido a qualquer usuário. “O QGIS é um projeto voluntário que funciona com a contribuição de usuários informando sobre problemas que possam ocorrer durante o processo de utilização do software” (IBGE, 2010).

É com imensa satisfação que a GEOSUS apresenta mais um produto fruto das suas atividades, e convida você, caro leitor, a utilizar este material da melhor forma possível, ajudando a divulgar e construir juntos soluções geográficas para os diversos processos de desenvolvimento em nosso país.

A Apostila pode ser baixada neste link:
Apostila QGIS 2.8.2 - GEOSUS

Muito obrigado e boa leitura!

Saudações Geográficas!


Até a Próxima!!!

MSc. Rodrigo da Silva Menezes
Diretor Técnico e Científico - GEOSUS (Geotecnologia e Sustentabilidade)
Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente
Especialista em Didática e Metodologia do Ensino Superior
MBA em Gestão Ambiental e da Qualidade (ISO 14.001 e 9.001)
Consultor Técnico em Geotecnologias
Geografia - Licenciatura

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Criando Mapa de Declividade no QGIS

Hoje abordaremos a criação de mapas de declividade utilizando a plataforma livre de SIG, Quantum GIS, mais conhecido por QGIS.

O QUE É QGIS?
O Quantum GIS, ou popularmente conhecido como QGIS, é uma plataforma de Sistema de Informação Geográfica que é composta por algumas aplicações de Geoprocessamento e de Gerenciamento de bancos de Dados Geográficos. Apresenta uma interface interativa e que pode ser customizada de acordo com as necessidades do usuário. Pode ser baixado no endereço (http://www.qgis.org/en/site).

GERANDO MAPAS DE DECLIVIDADE NO QGIS
O primeiro passo para criar mapa de declividade no QGIS, é adicionar ao projeto as imagens SRTM (Shuttle Radar Topography Mission), disponível nos sites da Embrapa (http://www.relevobr.cnpm.embrapa.br) e do INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (http://www.dsr.inpe.br/topodata/data/geotiff/). Essas imagens possuem resolução espacial de 30m  e estão prontas para utilização.

Assim que o usuário estiver com as imagens SRTM em seu Banco de Dados Geográfico, deve-se adicionar a camada raster ao projeto no QGIS.




Assim que adicionar a imagem SRTM ao projeto no QGIS, o usuário deverá seguir na Aba "Raster", selecionar a opção "Análise de Terreno" e, por conseguinte, a operação "Declividade".


Na janela de diálogo, o usuário deve informar onde o novo arquivo será salvo, bem como também o seu nome. Neste caso, daremos o nome de "Declividade Sergipe". O formato será GeoTIFF e o fator Z terá valor 1,0.


CLASSIFICANDO O TEMA "DECLIVIDADE"
A declividade será expressa por porcentagem, e assim que gerada a informação, a imagem aparecerá em tons de cinza.


Agora o usuário deve acessar as propriedades da imagem, na aba "Estilo".


Ao acessar as propriedades da camada, na aba "Estilo", o usuário deverá indicar o tipo de renderização "Banda Simples Falsa Cor". Na opção "Gerar Novo Mapa de Cores", indique o modo "Intervalo igual" e classes "7". Indique os valores "Min.: 0" e "Máx.: 100".
Feito isso, agora o usuário deverá indicar a opção "Classifica". Logo que o comando for acionado, aparecerão os valores / Cor / Rótulo. Neste caso, iremos utilizar a Tabela de Classificação contida no Manual de Obtenção de Terras do INCRA, que utiliza 7 (sete) classes de relevo.


Preencha os valores manualmente, segundo os valores da tabela de classificação de relevo do INCRA, nas opções "Valor" e "Rótulo". Feito isso, confirma a operação, clicando em "OK".


Após isso, está elaborada a informação sobre declividade no Estado de Sergipe, segundo as imagens SRTM.


Lembrando que esta operação de geoprocessamento pode ser feita para qualquer localidade, afinal os dados SRTM são globais, desenvolvidos pela NASA-USA.

Obs.: A versão utilizada foi a QGIS 2.8.2 - Wien. Dependendo da versão utilizada, algumas operações podem modificar a rotina de trabalho.

Até a Próxima!!!

MSc. Rodrigo da Silva Menezes
Diretor Técnico e Científico - GEOSUS (Geotecnologia e Sustentabilidade)
Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente
Especialista em Didática e Metodologia do Ensino Superior
MBA em Gestão Ambiental e da Qualidade (ISO 14.001 e 9.001)
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quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Geografia Histórica - Mapa da Rota Lampirônica no Estado de Sergipe.

O personagem Lampião com certeza é uma das figuras mais controversas da história do nordeste brasileiro (não por sua personalidade, mas pela sua herança cultural e política), amado e odiado na mesma medida pelos diversos setores da sociedade brasileira. O que se sabe de fato é que Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, e seu "bando" foi brutalmente assassinado pela polícia volante baiana no sertão sergipano, na localidade 'Grota do Angico', hoje município de Porto da Folha.

O seu assassinato em solo sergipano evidencia o fato de que Lampião e seus cangaceiros passaram uma longa estada em território sergipano, usufruindo um poder que, nos dias de hoje, abrangeria municípios dos territórios:

* Alto Sertão Sergipano
* Médio Sertão Sergipano
* Centro-Sul Sergipano
* Agreste Central Sergipano

Mapa dos Territórios Sergipanos (2011)


Autores especializados na história de Lampião, a exemplo de Alcino Costa, afirmam que Virgulino Ferreira era considerado o governador dos sertões sergipanos e amigo íntimo do então governador do Estado Eronides Carvalho. Mostra-se então a face política do Rei do Cangaço, em que seu poder se estendia desde o Sertão do São Francisco (ao norte de Sergipe) até o Sertão do Rio Real (ao sul de Sergipe), passando pelo Vale do Cotinguiba até o Agreste Sergipano (parte central de Sergipe), chegando inclusive a áreas litorâneas, nas quebradas do mar.

Os últimos nove anos de vida de Lampião (1929 a 1938) foram vividos em Sergipe, em que fora apossado praticamente todo o sertão sergipano. Neste mapeamento da Rota Lampirônica no Estado de Sergipe, apresenta-se a expansão territorial do domínio cangaceiro, fazendo referência à estrutura político-administrativa de Sergipe atualmente. Cabe lembrar que muitos dos municípios conhecidos hoje, à época eram simples povoados em formação.

As cidades e povoados sergipanos invadidos pelos cangaceiros podem ser listados por dois atributos (ver mapa):

Mapa da Rota Lampirônica em Sergipe



1 - Cidades visitadas por bandoleiros;
2 - Cidades visitadas em busca de Médicos.

Fica claro que as cidades de Itabaiana e Propriá, que nos anos de 1920 e 1930 já se destacavam pelo desenvolvimento econômico e social, além da grande oferta de serviços, foram visitadas pelos cangaceiros na busca por médicos para curar e cuidar de cangaceiros feridos durante as batalhas sangrentas nos rincões do sertão sergipano.

Outras cidades que foram invadidas e sitiadas pelos cangaceiros apresentam a real expansão territorial do poder de Lampião, não obstante fora considerado por muitos, inclusive historiadores, como o governador do sertão de Sergipe, durante 9 (nove) anos, no período de 1929 - 1938.

Com este material a GEOSUS contribui para o desenvolvimento de pesquisas que tragam à tona a história e identidade do povo sergipano. Lampião, por certo, é uma das maiores personalidades do Nordeste Brasileiro, amado e odiado por muitos, mas indiscutivelmente, este teve um papel central na política e na caracterização do que atualmente chamamos de "Alma Nordestina".

Até a Próxima!!!

MSc. Rodrigo da Silva Menezes
Diretor Técnico e Científico - GEOSUS (Geotecnologia e Sustentabilidade)
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segunda-feira, 31 de agosto de 2015

O que é Geoprocessamento?

O termo Geoprocessamento denota uma disciplina do conhecimento que utiliza técnicas matemáticas e computacionais para o tratamento de informações geográficas. Esta tecnologia, denominada Geoprocessamento, tem influenciado de maneira crescente as áreas de Cartografia, Geografia, Análise de Recursos Naturais, Transportes, Comunicações, Energia, Planejamento Urbano, entre outras. 

Os instrumentos computacionais do geoprocessamento, chamados de Sistemas de Informações Geográficas (SIGs), permitem a realização de análises complexas ao integrar dados de diversas fontes e ao criar um banco de dados georreferenciados. Os SIGs ainda permitem a automatização da produção de documentos cartográficos.

Outra abordagem interessante acerca do Geoprocessamento, refere-se às quatro etapas essenciais: Coleta; Armazenamento; Tratamento; Uso Integrado.

Definição de Geoprocessamento

O QUE É SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA?

O termo Sistema de Informação Geográfica (SIG) refere-se àqueles sistemas que efetuam tratamento computacional de dados geográficos. Um SIG armazena a geometria e os atributos dos dados que estão georreferenciados, isto é, localizados na superfície terrestre e numa projeção cartográfica qualquer. Os dados tratados em geoprocessamento têm como principal característica a diversidade de fontes geradoras e de formatos apresentados.

O requisito de armazenar a geometria dos objetos geográficos e de seus atributos representa uma dualidade básica para um SIG. Para cada objeto geográfico, um SIG necessita armazenar seus atributos e as várias formas de representação gráfica associada. Devido a sua ampla gama de aplicações, onde estão incluídos temas como agricultura, floresta, cartografia, cadastramento urbano, arqueologia, geografia, entre outras, há pelo menos três maneiras gerais para se utilizar um SIG, que são:

  • Ferramenta de produção de mapas;
  • Suporte para análise espacial de fenômenos;
  • Banco de dados geográficos, com funções de armazenamento e recuperação de informação espacial.
Essas três visões são antes convergentes e refletem a importância do tratamento de informações geográficas no âmbito de trabalhos técnicos. Para esclarecer ainda mais o conceito de SIG, apresenta-se algumas definições gerais:

- Um conjunto computacional de procedimentos utilizados para armazenar e manipular dados geográficos.

- Conjunto poderoso de ferramentas para coletar, armazenar, recuperar, transformar e utilizar dados sobre o mundo real.

- Sistema de suporte à decisão que integra dados georreferenciados num ambiente de respostas e problemas.

- Banco de dados indexados espacialmente sobre o qual opera um conjunto de procedimentos para responder a consultas sobre entidades espaciais.

Estas definições de SIG refletem a multiplicidade de uso e visões disponíveis desta tecnologia (figura 01) e apontam para uma perspectiva interdisciplinar de sua utilização. A partir dessas definições, é possível indicar as principais características de um SIG:

  • Integrar numa base de dados, as informações espaciais provenientes de dados cartográficos, dados de censo, e cadastro urbano e rural, imagens de satélite, redes e modelos numéricos de terreno;
  • Oferecer mecanismos para combinar as várias informações, através de algoritmos de manipulação e análise, bem como para consultar, recuperar, transformar, visualizar e plotar o conteúdo da base de dados georreferenciados.
Definição genérica de Sistema de Informação Geográfica (SIG)

Até a Próxima!!!

MSc. Rodrigo da Silva Menezes
Diretor Técnico e Científico - GEOSUS (Geotecnologia e Sustentabilidade)
Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente
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terça-feira, 25 de agosto de 2015

Curso de Geoprocessamento - Plataforma Quantum GIS

A GEOSUS (Geotecnologia e Sustentabilidade) abre a oferta para o curso de GEOPROCESSAMENTO - PLATAFORMA QUANTUM GIS (Aplicações de Geoprocessamento em Projetos Ambientais). Este curso terá como foco principal a abordagem sobre conceitos e práticas de geoprocessamento aliados ao estudos ambientais, compreendido em três módulos:
* Introdução ao Geoprocessamento 
* Aplicações em Quantum GIS
* Aplicações de SIG em Projetos Ambientais
O Investimento será no valor de R$ 300,00 (Incluso Material Didático - Apostila elaborada pela GEOSUS; Instalação do Software para desenvolvimento das atividades; Disponibilização de Geoinformações Públicas de Referência).
O Espaço onde será realizado dispõe das melhores instalações físicas e próximo ao centro comercial de Aracaju, em que dispomos de acesso à Internet, sala confortável e Coffee Break.
O Curso será ofertado nos dias 21 a 25 de Setembro (Horário de 18:00 às 22:00), com um total de 20 horas de atividades e com disponibilização de Certificados de Participação.
Mais informações, favor entrar em contato pelo telefone/whatsapp (79) 8844-8845, ou pelo email: menezes.geosus@gmail.
A GEOSUS agradece o apoio dos colaboradores envolvidos e desejamos a todos vocês uma ótima semana!

domingo, 23 de agosto de 2015

História da Cartografia (Parte 05) - Mapeamento Moderno

Nos séculos XX e XXI, a cartografia passa a atribuir conhecimentos de diversas áreas do conhecimento, em que novas tendências surgiram na maneira de lidar com os dados cartográficos. Os mapas tornam-se ferramentas indispensáveis para diversos objetivos, a exemplo dos usos militar, político, ideológicos e para propósitos de propaganda (geomarketing).

Neste período, o surgimento de estudos voltados para o entendimento dos diversos aspectos do planeta, resulta em pesquisas com abordagens integrada, multidisciplinar e, até mesmo, interdisciplinar. Tendo em vista que essas pesquisas abordam sobretudo os diversos fenômenos naturais e antrópicos (do homem) na Terra, salientando que, esses fenômenos ocorrem devido a interações entre os diversos sistemas geográficos do planeta, a exemplo dos sistemas climáticos, geológicos, sociais, biológicos, entre outros.

O desenvolvimento da cartografia está aliado à capacidade de processamento de informações que os aparelhos computacionais apresentam, principalmente nas décadas de 60 e 70. Como resultado, cartógrafos passam a mapear remotamente diversos locais do planeta por meio de fotografias aéreas, imagens de satélite, uso de radares, entre outros; mapeando desde abismos nos oceanos até mundos extraterrenos.

Mapa das Terras Lunares



Na década de 70, os geólogos Marie Tharp e Bruce Heezen, não apenas mapearam extensivamente o fundo oceânico, como provaram de uma vez por todas a Teoria da Deriva Continental, teoria esta proposta inicialmente por Alfred Wegener.

Fundo do Oceano Pacífico



A ERA DIGITAL

No século XXI, os mapas feitos em papel dão espaço ao surgimento do pixel (em inglês pix = figura / el = elemento) e dos mapas digitais. O desenvolvimento de Sistemas de Informação Geográfica (SIG´S) baseados em sistemas computacionais, a partir da década de 60, tem possibilitado cientistas e cartógrafos mapearem todo o mundo em detalhes impensáveis nas outras Eras de Mapeamento abordadas nesta série 'História da Cartografia'.

Este fato contribuiu para que atualmente provedores de serviços em internet, a exemplo da empresa Google, utilizem o termo 'Aplicações Geoespaciais' para a disponibilização de informações mapeadas. Graças a uma gigante geração de dados geográficos em diferentes escalas (global, regional, local e topográfico), qualquer computador ou telefone móvel é capaz de apresentar localidades na Terra em segundos, possibilitando mapas em diferentes níveis de resolução e precisão.

O FUTURO DOS MAPAS

Enquanto aplicações digitais apresentam uma 'Nova Era do Mapeamento', muitas questões que confrontaram povos babilônicos há mais de 2.500 anos atrás, ainda motivam cartógrafos da atualidade. Perguntas como: O que se deve mapear? Quem deve usar um mapa? Independente disso, o fato é que mapas são necessários para diversos usos, afinal, os mapas respondem às questões mais complexas da humanidade: Onde estou? e Quem sou eu?

Dessa forma encerramos a série 'História da Cartografia'. Apresentamos a evolução da cartografia e sua relação estreita com o desenvolvimento humano (os mapas são essenciais para estudos e pesquisas em diversas áreas do conhecimento). A cada dia somos informados com notícias sobre Poluição, Mudanças Climáticas, Violência urbana e tantos outros problemas ao redor do mundo, que certamente o uso de mapas visando reduzir e solucionar os impactos humanos em nosso planeta é indispensável!

Até a Próxima!!!

MSc. Rodrigo da Silva Menezes
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quinta-feira, 20 de agosto de 2015

História da Cartografia (Parte 04) - Mapas Temáticos

O século XIX foi responsável pelo surgimento dos Mapas Temáticos, particularmente no mundo ocidental, e é nesta época também que novos modos de captura e representação de informações estatísticas são combinados com mapas, criando uma nova e poderosa ferramenta de análise sobre diversos fenômenos, em particular, os de cunho social.

A criação em diversos países de Censos Estatísticos Nacionais contribuiu para que cartógrafos desenvolvessem grande diversidade de mapeamentos, abordando características sociais que evidenciaram pobreza, saúde, doenças, religião e, até mesmo, escravidão. Com o surgimento de novas técnicas de desenho e distribuição, os mapas alcançam cada vez mais um número maior de interessados.

Técnicas como a Litografia (tipo de impressão), possibilitou a geração de mapas coloridos além de possibilitar tempo e custos reduzidos dos mapas em relação aos antigos métodos de impressão, contribuindo decididamente para uma maior popularização dos mapas.

MAPAS E MUDANÇAS SOCIAIS

Ao mesmo tempo, os mapas passam a ser usados por diversos governos e instituições de pesquisa para a promoção de políticas públicas voltadas para a engenharia social. Em 1815, William Smith cria o primeiro Mapa de geologia do Reino Unido, Ino Tadataka mapeou toda a linha de costa do Japão para a ditadura feudal Shogunesa. Nos EUA, foram produzidos diversos mapas que foram utilizados pela Congresso para "facilitar" a realocação de tribos indígenas, por exemplo.

Durante este período, a tradição cartográfica europeia ainda utilizou mapas que representavam os valores da cultura e religião ocidentais ao redor do mundo, especialmente em localidades no continente africano. Alguns desses mapas presumem-se reivindicar que as pessoas do território africano não possuem "direitos naturais", evidenciando ainda mais a visão escravocrata de diversas populações europeias.

Porém, ao mesmo tempo em que alguns cartógrafos apresentam e impõem suas visões de mundo a partir de mapas, outros estão voltados para agendas mais progressivas, a exemplo de Edwin Hergesheimer, provendo dados que apresentam a escravidão no território dos EUA no ano de 1860, e que foi adotado pelo então presidente Abraham Lincoln na campanha de abolição da escravidão durante a Guerra Civil Americana (1861 - 65).

No século XIX, políticas sociais influenciaram a cartografia temática e o grande exemplar de referência foi o mapa de John Snow que apresenta a epidemia de cólera na cidade de Londres em 1854, descobrindo que a verdadeira extensão da pobreza era bem maior do que se imaginava. O mapa indica a localização dos casos de óbito por cólera e os poços de água que abasteciam a cidade (uma das formas de transmissão dessa doença é por meio da ingestão de água contaminada). Por conta dessa análise espacial, foi reduzido drasticamente os casos de óbito por cólera em Londres.


Em lugares com a Índia e Coreia, nesta época os mapas ainda celebravam temas voltados ao misticismo e temas religiosos, coexistindo com os mapas de cunho científico.

Até a Próxima!!!

MSc. Rodrigo da Silva Menezes
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quinta-feira, 13 de agosto de 2015

História da Cartografia (Parte 03) - Era das Novas Direções e Crenças

Olá Caros Leitores,

Neste post iremos abordar sobre os Mapas na Era das Novas Direções e Crenças, período que compreende os séculos XVII e XVII, marcado pelo desenvolvimento econômico e científico, além de um maior conhecimento das terras do 'Novo Mundo'.

No século XVII, a Cartografia torna-se cada vez mais especializada. Graças ao desenvolvimento em técnicas de impressão, em que os mapas agora tornam-se produtos comerciais, gerando uma cadeia de produção e empregando equipes de cartógrafos e pesquisadores em ciências naturais, que eram pagos por diversos grupos interessados em representar suas novas visões de mundo e crenças.

O 'Novo Mapa da França' é um exemplo de como os mapas nesta época foram importantes para apresentar novas crenças e conquistas, afinal foi bastante popular no círculo dos Franceses Republicanos, durante e após a Revolução de 1789, no qual "nacionalizaram" o 'Novo Mapa da França' e o promoveram como um símbolo da Nação Francesa, livre da monarquia, denotando o uso dos mapas para fins políticos.

A MUDANÇA NA FUNÇÃO DO USO DE MAPAS

Diferentes usos foram catalogados com o desenvolvimento da cartografia, até porque o poder crescente de análise dos mapas ampliou o leque ações que utilizavam o estudo do espaço geográfico e seus territórios. Matteo Ricci, por exemplo, criou um Mapa Mundi com uma até então inédita fusão dos conhecimentos cartográficos do Oriente e Ocidente, contudo, sua função primordial era persuadir os povos chineses a adotarem o Deus Cristão.


Enquanto isso, Abraham Bar-Jacob produziu o 'Mapa da Terra Santa', elaborado para ser usado nas celebrações da Páscoa Judaica. Até então, os mapas ainda estavam sendo usados também para propósitos religiosos.


O desenvolvimento científico e a difusão de métodos de mapeamentos alcançaram a Índia, introduzindo na cartografia europeia as tradições de mapeamentos do Sul da Ásia, que possibilitou uma belíssima produção de mapas que apresentavam 'Os Cantos Inabitados do Mundo'.


Essa nova cartografia também fora disseminada para as terras do 'Novo Mundo', permitindo que os colonizadores dos territórios americanos recém-descobertos, com imensas faixas de terras ainda desconhecidas, desenvolvessem seus próprios mapas.

É dessa forma que o mundo se torna mais explicável, do ponto de vista espacial, em que a função do trabalho do profissional cartógrafo mudou, transformando-os em verdadeiros cientistas, responsáveis por preencher os "vazios cartográficos" da superfície do nosso planeta àquela época.

Até a Próxima!!!

MSc. Rodrigo da Silva Menezes
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quarta-feira, 5 de agosto de 2015

História da Cartografia (Parte 02) - Era das Descobertas e Viagens

Dando continuidade às postagens intituladas “Introdução sobre Cartografia”, apresentamos o capítulo sobre os Mapas da Era das Descobertas e Viagens.

É sabido que, “a Cartografia é a expressão de um olhar descritivo, uma modalidade distinta de narrativa. Os mapas são veículos de informações sobre os elementos de uma área, assim como de localização, orientação e avaliação de distâncias.”

Na Era das Descobertas e Viagens o olhar cartográfico estava correlacionado ao olhar construído com base nas Navegações Marítimas dos povos europeus. Na época das navegações, as cartas náuticas desempenharam importante papel, pois serviram de guias para alcançar o ‘Novo Mundo’.

O Atlas Catalão, por exemplo, retrata um mundo inabitado em 1375, em que trechos entre Portugal e China são mapeados junto a criaturas bizarras e terras místicas. Contudo, 200 anos depois, Gerard Mercator representa em ‘Nova Descrição da Terra’ o mundo como nós conhecemos atualmente.

Exploradores Europeus, Otomanos e Chineses começaram a viajar para lugares além de seus reinos, tornando o uso de mapas necessários para ajudar na orientação e, em seguida, para apresentar as novas descobertas, uma vez que eles reivindicavam o direito de posse sobre as novas terras.

Este foi um período em que, apesar dos avanços na ciência cartográfica, os mapas apresentavam grandes distorções de representação da realidade. Juan de la Cosa produziu o primeiro mapa das expedições de Colombo nas Américas, utilizando duas escalas de mapeamento completamente diferentes para representar o Velho e o Novo Mundo.



Neste período histórico, os planisférios e mapas-mundi tinham também a função ampliar a visão e o conhecimento do mundo. Assim, no mapa-mundi de Martin Waldseemuller, datado de 1507, encontra-se o desenho do mundo sob a forma de continentes entre dois mares (nesta carta é assinalado, pela primeira vez, o nome América para designar o continente do ‘Novo Mundo’).


O que une a maioria dos mapas desta época é o desejo de utilizar novos métodos científicos para mensurar e representar o espaço geográfico. Na Europa, o legado de Ptolomeu levou cartógrafos a utilizarem projeções de mapas geométricos e métodos de pesquisa regional, abandonado o uso de Teologia nos mapas e ajudando os conquistadores a defender seus novos territórios.

Outra realização da época foi no início do séc. XVI, onde Leonardo da Vinci criou o mapa de Ímola e os Astecas criaram o mapa de Tenochitlan, que captura a geometria urbana das cidades do Império Asteca (mapas esses construídos antes da destruição do império). Foi o período em que os mapas comunicavam novos mundos e novas ideias, tempo este também, que simboliza o início do uso de mapas empunhando políticas militares e econômicas.


Até a Próxima!!!

MSc. Rodrigo da Silva Menezes
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domingo, 26 de julho de 2015

História da Cartografia (Parte 01) - Mapas Clássicos

O GEOSUS - Blog apresenta para você uma série sobre a História da Cartografia, baseada na cronologia Tempo - Técnica, que destaca a evolução técnico-científica da Cartografia ao longo do tempo, apresentando 5 (cinco) fases principais, destacadas como:

1 - Mapas Clássicos
2 - Era das Descobertas e Viagens
3 - Novas Direções e Crenças
4 - Mapas Temáticos
5 - Mapeamento Moderno

A ciência cartográfica está diretamente vinculada ao processo evolutivo do homem, afinal a cartografia é utilizada desde seu início para a compreensão do espaço geográfico, evidenciando a visão de mundo ao decorrer da evolução humana.

A primeira fase da evolução técnico-científica da Cartografia é conhecida como a Idade dos Mapas Clássicos, que tem como referência temporal o Mundo Clássico dos Impérios Pré-Cristãos, Babilônia, Persas, Gregos e Romanos.

Nesta fase, os mapas possuíam uma variedade de funções, apresentando as diferentes visões de mundo dos antigos impérios, em que descreviam os paraísos e as inúmeras crenças religiosas da época. O uso da Cartografia para itinerários de viagens ou navegação desenvolveu-se tardiamente e sua disponibilização foi efetuada secundariamente, afinal as escalas de mapeamento e seus detalhes possuíam enormes limitações inicialmente.

A grande dificuldade que os pesquisadores em Cartografia Clássica enfrenta é a pouca disponibilidade de material, transformando os mapas desta época em verdadeiros achados, constituídos de enorme valor científico. Data-se de 7 (sete) séculos a.C. os registros dos primeiros mapas clássicos, nos quais apresentam a Terra como uma superfície plana, cercada por água que incluía os continentes da Europa, Ásia e África.

Na Era Platônica (427 - 347 a.C.), os Gergos compreenderam que a Terra era um corpo esférico, e Aristóteles (384 - 322 a.C.) analisou que era possível também dividir a Terra em zonas climáticas, chamadas de Klimata (Clima).

No terceiro século a.C. no Egito, mais precisamente na Alexandria, existia um renomado centro de Estudos Geográficos, conhecido graças a uma fabulosa biblioteca, e o seu bibliotecário chefe, Eratóstenes (275 - 194 a.C.) escreveu um dos livros de vanguarda da ciência cartográfica, intitulado Geografia, em que descreve e mapeia todo o mundo conhecido à sua época. Eratóstenes utilizou a Matemática e a Geometria para elaborar seus mapas. Além disso, ele calculou a circunferência da Terra, afirmando que o seu valor era de 39.250 km; para se ter uma ideia da precisão do seu trabalho, hoje este valor, desenvolvido por tecnologias muito mais avançadas que as do seu tempo, é de 40.023 km, apresentando um erro menor que 2% do valor conhecido atualmente.

Posteriormente, os métodos científicos de Eratóstenes foram adotados por Cláudio Ptolomeu, em seu próprio livro, intitulado Geografia (150 d.C.), que listou coordenadas de 8.000 lugares no mundo Greco-Romano, e indicando como uso a matemática e a geometria para inseri-las numa grade de latitudes e longitudes, conhecida como Graticule (Graus; Minutos; Segundos).

PARA ALÉM DA CIÊNCIA...

Em outros lugares, os cartógrafos tinham pouco interesse em seguir a tradição grega, usando a ciência para satisfazer seus objetivos. A Tábula Peutigiana, por exemplo, apresenta uma superfície distorcida do Império Romano. Outros mapas, de cunho religioso, usam a Teologia para orientar-se, sem uso da Geometria.

Na China, As Cartas Astrológicas tentavam apresentar como o movimento dos céus acima afetavam a humanidade abaixo. Outros mapas chineses apresentavam uma grade de mensuração de coordenadas sobre os mapas do Império, porém usavam-se cálculos completamente diferentes daqueles utilizados pelos Gregos.

Alguns mapas da idade Clássica, foram criados apenas para ser usado pelas elites sociais da época (Homens dos Impérios, Estudiosos, Homens Religiosos), porém outros mapas foram elaborados para fins mais práticos. No Mar Mediterrâneo, por exemplo, tanto os muçulmanos quanto cristãos fizeram mapas de navegação tão somente visando garantir uma viagem segura.


Esses tipos de mapas colocaram a Cartografia num outro patamar de uso pela humanidade, refletindo em seus documentos de um lado, a visão do pensamento humano à época, e, de outro lado, contribuindo para a compreensão intelectual e expansão territorial de vários tipos de sociedades, garantindo desenvolvimento e progresso ao longo do tempo.

ALGUNS EXEMPLOS DE MAPAS CLÁSSICOS

 Hereford - Mapa Mundi

Ptolomeu - Mapa Mundi

Babilônia - Mapa Mundi

Até a Próxima!!!

MSc. Rodrigo da Silva Menezes
Diretor Técnico e Científico - GEOSUS (Geotecnologia e Sustentabilidade)
Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente
Especialista em Didática e Metodologia do Ensino Superior
MBA em Gestão Ambiental e da Qualidade (ISO 14.001 e 9.001)
Consultor Técnico em Geotecnologias
Geografia - Licenciatura

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Análise sobre o Processo de Desertificação em Sergipe.

É sabido que os processos de desenvolvimento e urbanização baseados na transformação e consumo da natureza são responsáveis diretos pela poluição e desequilíbrio dos sistemas socioambientais do planeta Terra.

Em Sergipe esse processo de ocupação dos espaços tem se intensificado nas últimas décadas, devido à implantação de políticas públicas voltadas para habitação e atividades agroindustriais, consolidando a construção de estruturas territoriais baseadas na geração de grandes contrastes sociais e de impactos ambientais profundos, dentre eles, destaca-se o processo de desertificação em áreas da Região Semiárida do Estado de Sergipe.

A Região Semiarida configura-se num espaço geográfico em que a análise dos impactos ambientais gerados pelo desenvolvimento espacial, econômico e social, deve ser edificada sob os pilares da integração de dados e do estudo das potencialidades e vulnerabilidades responsáveis pelos conflitos de uso, perdas de recursos naturais e impactos resultantes de fenômenos naturais e ação antrópica.

No contexto científico atual, existe o consenso de que o aquecimento global está em corrente evolução e que as atividades humanas, mais precisamente a queima de combustíveis fósseis, a agricultura extrativista e as grandes cidades, são as suas principais causas.

No Estado de Sergipe, um reflexo deste evidente do aquecimento global é a expansão indesejada de terras desérticas. Essa desertificação deve-se principalmente às práticas agrícolas que abusam da estrutura e fertilidade do solo, gerando erosão, infertilidade, salinização e desmatamento, fatores esses que contribuem cada vez mais para a alteração dos padrões de temperatura e precipitação.

Segundo dados das Organizações de Alimentos e Agricultura das Nações Unidas (FAO), Meteorológica Universal (OMU) e das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), o Estado de Sergipe encontra-se numa faixa de Risco Moderado de desertificação, dados que evidenciam uma necessidade de ações e práticas de sustentabilidade nessa área que envolve complexas atividades agroindustriais, populacional e escassez de disponibilidade hídrica.



De acordo com dados da Defesa Civil do Estado de Sergipe, entre janeiro a maio de 2012 em Sergipe 18 municípios decretaram situação de emergência por conta da “Seca”, fenômeno este que sazonalmente ocorre e que tem por característica questões ambiental do ponto de vista da geomorfologia e geologia do Estado de Sergipe, bem como fatores sociais relacionados à falta de políticas públicas e que enredam toda a discussão entre manejos agrícolas e atividades humanas relacionadas ao aquecimento global.



CLIMA SERGIPANO


O clima, entendido como manifestação habitual da atmosfera num determinado ponto, é um dos importantes recursos naturais à disposição do homem e foi considerado matéria de interesse comum da humanidade por decisão da ONU em 1989. É um dos principais fatores responsáveis pela repartição dos animais e vegetais sobre o globo.



Para caracterizar o clima é necessário compreender que a atmosfera é uma manta fina e gasosa que circunda o planeta Terra, mantida pelo planeta pela força da gravidade. É a camada responsável pelas condições de tempo e clima, é extremamente variável e seu comportamento está sempre mudando tanto localmente e temporalmente. Os componentes para estruturação do clima são insolação, pressão, temperatura, massas de ar e precipitação.

Pela sua posição latitudinal, o território sergipano é regulado pelas principais zonas de pressão do globo: Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), que se constitui na linha de convergência de ventos, zonas de altas pressões subtropicais do Atlântico e do Pacífico, bem individualizadas em duas amplas células semifixas e permanentes sobre os oceanos e zonas de baixas pressões subpolares.
O clima Tropical (latitudes equatoriais e tropicais) predominante do Estado de Sergipe identifica a presença de Savana Tropical com característica principal a ocorrência de chuvas em menos de 6 (seis) meses no ano.            A massa de ar característica do Estado de Sergipe é a Equatorial Atlântica (mEa), que é caracterizada pelo clima quente e úmido.



O Estado de Sergipe está afeito a mesma circulação atmosférica regional que gira em torno de quatro sistemas meteorológicos (ventos Alísios de SE, CIT - Convergência Intertropical, EC - Sistema Equatorial Central e FPA - Frente Polar Atlântico). A interação desses sistemas com os fatores locais, posição geográfica, continentalidade, e outros, fazem predominar na área Oeste do Estado um tipo climático quente com características semiáridas. 




Climas secos compõem as regiões desérticas e semiáridas do mundo, onde se considera a eficiência hídrica e a temperatura para compreender o clima. A região semiárida do Estado de Sergipe abrange 28 municípios, abrangendo quase 40% do território sergipano.

As principais características das regiões semiáridas são a vegetação esparsa que deixa a paisagem exposta e a demanda hídrica exceder a disponibilidade, que cria um déficit hídrico permanente.

Em Sergipe os principais fatores climáticos nessa região são:
·         Predomínio de ar seco no sistema de alta pressão subtropical;
·         Está localizada na retaguarda (sotavento) dos Tabuleiros Costeiros, evitando a precipitação;

Numa visão global, Sergipe está inserido na faixa das Estepes Semiáridas do globo, onde predomina-se os climas tropical e subtropical quentes de latitudes médias.

Dessa forma, fica evidente que a Gestão Ambiental em nosso Estado, tem o dever de analisar e criar mecanismos eficientes de mitigação dos efeitos da seca, fundamentalmente no Alto Sertão Sergipano, área de crescente produção agroindustrial e dinâmica populacional. 

Até a próxima postagem!!!

MSc. Rodrigo da Silva Menezes
Diretor Técnico e Científico - GEOSUS (Geotecnologia e Sustentabilidade)
Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente
Especialista em Didática e Metodologia do Ensino Superior
MBA em Gestão Ambiental e da Qualidade (ISO 14.001 e 9.001)
Consultor Técnico em Geotecnologias
Geografia - Licenciatura